quinta-feira, 25 de junho de 2009

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Por que o Cravo brigou com a Rosa?
Por que o William Bonner não tinge o cabelo?
Por que os canhotos vivem menos que os destros?
Por que você não se serve de pasta de tijolos, acompanhada de 19 latas de cerveja?
Por que você diz "parabéns" ao invés de "feliz aniversário"?
Por que a resposta para a vida, o universo e tudo mais é 42?
Por que diabos bandas boas se desintegram?
Por que, falando nisso, vocalistas de bandas boas insistem em achar que farão sucesso na carreira solo?
Por que não existe nenhum carteiro batendo recorde de longevidade, se andar faz bem à saúde?
Por que a Rose não deu um espaço pro Jack em cima da porta, evitando que ele morresse congelado?
Por que eu adoro batata, mas detesto o purê dela?
Por que o lixo anda de Mercedes Benz?
Por que é tão interessante saber quem veio primeiro: o ovo ou a galinha?

Por que, falando na galinha, ela atravessou... (oh não, essa não).
Por que tenho a sensação de que o Barack Obama é o anti-Cristo?
Por que só alguns poucos personagens da Turma da Mônica usam sapatos, enquanto o resto anda descalço?
Por que se eu pedisse pra você pensar rápido em uma ferramenta, uma cor e um país com D, as primeiras coisas que viriam na sua cabeça seriam: martelo vermelho e Dinamarca?
Por que os mocinhos dos filmes de bang-bang nunca perdem o chapéu durante uma briga?
Por que quando você está atrasado, o universo conspira para que você se atrase ainda mais?
Por que o Donald usa toalha em volta da cintura quando sai do banho, se depois ele nunca veste uma bermuda, ou até mesmo uma cueca?
Por que os Kamikazes usavam capacete?
Por que os homens nunca abaixam o assento do vaso sanitário depois de usar o banheiro?





(Editado):
Por que RAIOS o Samuel teve que ser tão sem-graça nos comentários, levando as perguntas a sério?

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Depois de fazer o laço da forca e colocar uma cadeira embaixo, o escritor sentou-se atrás da sua mesa de trabalho, ligou o computador e digitou:
"No fundo, no fundo, os escritores passam o tempo todo redigindo a sua nota de suicida. Os que se suicidam mesmo são os que a terminam mais cedo."
Levantou-se, subiu na cadeira sob a forca e colocou a forca no pescoço. Depois retirou a forca do pescoço, desceu da cadeira, voltou ao computador e apagou o segundo "no fundo". Ficava mais enxuto. Mais categórico. Releu a nota e achou que estava curta. Pensou um pouco, depois acrescentou:
"Há os que se suicidam antes de escapar da terrível agonia de encontrar um final para a nota. O suicidio substitui o final. O suicídio é o final."
Levantou-se, subiu na cadeira, colocou a forca no pescoço e ficou pensando. Lembrou-se de uma frase de Borges. Encaixa, pensou, retirando a corda do pescoço, descendo da cadeira e voltando ao computador. Digitou:
"Borges disse que o escritor publica seus livros para livrar-se deles, senão passaria o resto da vida reescrevendo-os. O suicídio substitui a publicação. O suicídio é a publicação. No caso, o livro livra-se do escritor."
Levantou-se, subiu na cadeira, mas desceu da cadeira antes de colocar a forca no pescoço. Lembrara-se de outra coisa. Voltou ao computador e, entre o penúltimo e o último parágrafo, inseriu:
"Há escritores que escrevem um grande livro, ou uma grande nota de suicida, e depois nunca mais conseguem escrever outro. Atribuem a um bloqueio, ao medo do fracasso. Não é nada disso. É que escreveram a nota, mas esqueceram-se de se suicidar. Passam o resto da vida sabendo que faltou alguma coisa na sua obra e não sabendo o que é. Faltou o suicídio."
Levantou-se, ficou olhando a tela do computador, depois sentou-se de novo. Digitou:
"No fundo, no fundo, a agonia é saber quando se terminou. Há os que não sabem quando chegaram ao final da sua nota de suicida. Geralmente, são escritores de uma obra extensa. A crítica elogia sua prolixidade, a sua experimentação com formas diversas. Não sabe que ele não consegue é terminar a nota."
Desta vez não se levantou. Ficou olhando para a tela, pensando. Depois acrescentou:
"É claro que o computador agravou a agonia. Talvez uma nota de suicida definitiva só possa ser manuscrita ou datilografada à moda antiga, quando o medo de borrar o papel com correções e deixar uma impressão de desleixo para a posteridade leva o autor a ser preciso e sucinto. Tese: é impossível escrever uma nota de suicida num computador."
Era isso ? Ele releu o que tinha escrito. Apagou o segundo "no fundo". Era isso. Por via das dúvidas, guardou o texto na memória do computador. No dia seguinte o revisaria.
E foi dormir.

Luis Fernando Veríssimo

quinta-feira, 18 de junho de 2009

cute.


Putz! Ótima idéia.

cri.criança.ça

Tá mais que na hora de parar de querer rever as coisas que via na minha infância. Hoje assisti Doug Funnie pela primeira vez depois de décadas! E, poxa, é tão decepcionante. Eu havia guardado uma lembrança tão bacana desse desenho. Considerava um dos melhores programas da minha vida, assim como quase todos os da cultura. O desenho continua bom, mas é inevitável que hoje eu ache uma completa bobeirinha. E não é só porque é um programa infantil - eu dou muita risada com Padrinhos Mágicos!
É frustante! A mesma coisa aconteceu com Tin Tin e Cavaleiros do Zodíaco: quando vi que tava reprisando, gritei "nooooossa!". Assisti um episódio... outro em seguida... pô! Eu era fanática por ISSO?

Outro dia, eu e Pudim (Thaís) fomos comprar ingressos pro Cover dos Beatles, no Concórdia:

Li: caracas, faz tanto tempo que não entro nesse clube. Aquele carrossel existe ainda ?
Pudim: não sei, mas bem que a gente podia ver.

O clube já estava fechado, mas pedimos pra tiazinha da secretaria e ela acabou deixando de boa. Saímos correndo literalmente até o lugar onde ele deveria estar e não acreditei quando vi que aquilo tava de pé ainda! Minha primeira impressão foi "cruzes! como isso é pequeno". A lembrança era de um brinquedo enorme, alto, difícil pra caramba de subir. E detalhe que ele é a la Flinstones - alguém sempre tinha que ficar de fora, empurrando o négocio pra fazê-lo girar. É, já levei milhares de tombos naquilo.
Enfim, ficou as duas bocós se fazendo de criança, uma sentada no cavalinho enquanto a outra empurrava. Adorei, foi demais! Há! Faço muito jus ao meu apelido: Lila quer dizer "criança alegre", ou algo assim, segundo um bêbado ae.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

pra ser sincera?

"The marionette has your number.
Pulling your arms and legs till you can't stand on your own.
Dragging your conscience on the stage,
and your heart gets rearranged,
and you cannot tell your mentor from your Maker.
Look at the crowds bleeding with laughter
Over the way you entertain at beck and call.
They don't see behind the lights, or the painted backgrounds.
They just like to see you fall.

But you don't really mind,
cause you're just wasting time.
You don't feel anything.
You're a boy on a string.

I feel a sadness like Gepetto
watching the life that he created run away.
Seeing the puppeteer's intrusion,
and holding the remains of puppets that had rotted away.
One day the curtain will not open,
and all of the crowds will go away.
Sometimes those strings will choke you, but until that day..."

Jars of Clay

Certa vez, durante um culto, o homem que estava pregando (e que não era pastor) me disse que Deus tinha um lindo projeto pra minha vida, mas que eu deveria deixar de me preocupar com os amigos, e me converter ao Senhor. Eu não tinha entendido bem a parte dos "amigos". Achei estranho, já que amigos são tão importantes pra sobrevivência de uma pessoa...
Não diria que eu sinto falta da igreja. Aliás, sendo bem sincera, eu meio que sempre achei uma chatisse. Não que eu ache errado o que as pessoas fazem ali. Pelo contrário, eu tenho absoluta certeza de que ali é meu lugar, e que esse é o único caminho, e o caminho certo! Eu só... nunca senti nada. Via aquelas pessoas quase num transe, se derramando em lágrimas, ou numa alegria inabalável. E eu... nada. Alguns deles recebiam a palavra com tanto entusiasmo, e aposto que guardavam direitinho no coração. Durante a ceia, era uma coisa tão... tão... poderosa! Mas me sentia uma intrusa.
Desde que me conheço por gente, eu ia na igreja por uma mera questão de hábito, e também por desencargo da consciência: bastaria eu me sentar no banco e ficar até o fim do culto, que isso me faria uma boa cristã. Mas, as coisas não são bem assim. Antes frio do que morno, certo? E como eu não conseguia ser "quente", optei pelo "frio". Fui deixando de ir aos poucos... Até que cansei de verdade. Cansei definitivamente da fachada de crente.
E, sem aquele alimento espiritual semanal, minha vida e caráter foram se deteriorando aos poucos, naturalmente.

continua...

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